segunda-feira, 6 de maio de 2013

Água para Comer

  


Fonte: Revista Super Interessante

Você sabe quanta água você usa?



Por: Tônia Amanda Paz dos Santos (a autora permite cópia, desde que citada a fonte)
Dia desses, procurando uma forma bacana para abordar o tema “Economia de Água” aqui no blog, sem ter de “chover no molhado”, eu me deparei com um infográfico interessantíssimo. Aí, lembrando da velha máxima que diz que “uma imagem vale mais do que mil palavras”,  veio a ideia de selecionar uma porção desse tipo de material e postá-los acompanhados de uma breve explicação. Espero conseguir sensibilizar alguém hoje. Quem sabe você, que está aí do outro lado do monitor, hein?
Infográfico Planeta Sustentável: Quanta se gasta de água por dia
Entendendo o Infográfico: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 litros por dia é a quantidade ideal de água potável para o bem-estar e a higiene de uma pessoa, mas nós, brasileiros, consumimos, em média, 187l.  Ainda assim, estamos longe dos canadenses, que andam desperdiçados, com um consumo médio de 600l. Enquanto isso, 1.1 bilhão de pessoas no mundo vivem sem água potável¹.
Infográfico da Planeta Sustentável: A água que você não vê
Entendendo o Infográfico: Por trás de todo produto que consumimos ou utilizamos há uma enorme quantidade de insumos gastos, como matéria-prima, mão-de-obra, energia, tributos e, dentre outras coisas, água. De acordo com o infográfico da Planeta Sustentável, para que você ou eu possamos saborear 100g de um suculento bife de boi, foram gastos, aproximadamente, 170l de água potável (imaginem quantos e quantos litros de água potável ”evaporam”, todos os dias, nas brasas das churrasqueiras mundo afora).
Infográfico O Dia: Água nossa de cada dia
 Entendendo o Infográfico: Seguindo a mesma linha do anterior, o infográfico de O Dia, traz os números relativos à quantidade de água utilizada em atividades rotineiras como ecovar os dentes ou tomar banho e em atividades industriais, como a  produção de alimentos e de vestuário. Parece inacreditável que, para cada xícara de café que tomamos, lá se foram 140l de água.
Infográfico "Walk this way"
Esse aí em cima eu encontrei na internet, mas não achei  quem o elaborou. Apesar do texto em inglês, o material é de fácil entendimento. O título “Walk This Way” pode ser traduzido mais ou menos como Vá por aqui, e o subtítulo ”Making the right choices to reduce your water footprint” pode ser entendido como: Fazendo as escolhas certas para reduzir sua “pegada hídrica²”. 
Entendendo o Infográfico: As gotinhas azuis representam a quantidade de água visível, isto é, que conseguimos perceber que utilizamos (ex: ao escovar o dente ou lavar a louça). Já as gotinhas verdes representam a quantidade de água virtual que utilizamos. Isto é, a água que é necessária para produzir as coisas que utilizamos ou consumimos (ex: para produzir uma fruta ou um copo de cerveja). Como o estudo é americano, a unidade de medida utilizada é o Galão³.
O intuito deste infográfico é propor substituições mais econômicas, do ponto de vista ecológico. Quer um exemplo? experimente trocar:
  • 1 cafezinho (37 galões de água) por 1 xícara de chá (9 galões de água);
  • 1 bife (1.500 galões de água) por 1 porção de carne de frango (287 galões de água);
  • 1 maçã (18 galões de água) por 1 laranja (13 galões de água).
É isso. Não sou radical. Mas, acredito que usamos (e abusamos) dos nossos recursos naturais com muita irresponsabilidade e, muitas vezes, por puro comodismo. Atitudes simples como utilizar regadores e baldes no lugar de mangueiras; fechar a torneira ao escovar os dentes; tomar banhos menos demorados; reutilizar a água da máquina de lavar dependem apenas da nossa boa-vontade e fazem a diferença. Espero sinceramente que você se sinta sensibilizado com todas essas informações e comece a praticar o uso mais consciente deste recurso tão indispensável.
¹ De acordo com a ONG Universidade da Água, apenas 0,007% da água doce do planeta está facilmente acessível aos seres vivos (em rios, lagos e na atmosfera). O restante (3,493%) está concentrado em geleiras e aquíferos (águas subterrâneas), de difícil acesso.
² “Pegada de Água” ou “Pegada Hídrica” de um produto avalia a sustentabilidade do uso e poluição da água em todas as etapas da cadeia produtiva, incluindo etapas agrícolas e/ou de extração de matérias primas, processamentos, uso e disposição.
³ 1 Galão americano equivale a 3, 785 litros.

MUSEU VIRTUAL DA ÁGUA

Museu Virtual da Água


quarta-feira, 24 de abril de 2013

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PROJETO DE OLHO NO ÓLEO


     

             
 Motivados pela proposta anual do projeto PEA/UNESCO para este ano letivo, acerca do ano internacional da cooperação da água, o Colégio Padre Eustáquio propõe o projeto DE OLHO NO ÓLEO. Esse projeto está relacionado à prevenção de nossos recursos hídricos contra o descarte indevido de óleo, além de promover ações que possibilitem a reutilização desses dejetos.




                                               
                              DOIS LITROS DE ÓLEO = Sabão Ecológico

A preservação ambiental tornou-se uma prioridade mundial. Aquecimento global, poluição, doenças respiratórias e de pele, intoxicação, problemas climáticos são alguns dos problemas que já afetam os seres humanos em diversas partes do mundo e têm piorado a cada ano. Todos nós podemos e devemos contribuir para melhorar essa situação.
    

Quando descartados indevidamente na rede de esgoto, os óleos acumulam-se nos encanamentos, causando entupimentos, refluxo de esgoto e até o rompimento das redes de coleta. Para desentupir esses encanamentos é necessário usar substâncias químicas altamente tóxicas, que além de encarecer o tratamento da água, também podem causar prejuízos ao meio ambiente.


                                 Principais prejuízos ambientais:
- Danos irreversíveis quando despejados nos córregos, rios e lagos, dificultando a entrada de luz e a oxigenação da água;
- formar uma camada gordurosa nas margens dos lagos e dos rios, piorando os quadros de enchentes.

                               Objetivos do Projeto de Olho no Óleo


- Divulgar ações positivas de reciclagem dos resíduos orgânicos;

- conscientizar a população de que não jogar óleo em cursos de água, na rede de esgoto ou no solo é uma questão de cidadania e por isso deve ser incentivada.
- mobilizar a comunidade escolar, principalmente localizada no entorno da escola, como casas, restaurantes, bares, pizzarias e outros centros comerciais, promovendo conceitos de educação ambiental,  incentivando assim   o processo de coleta do óleo residual para fins de reciclagem.
- realizar ações de promoção para dar visibilidade aos estabelecimentos que aderirem ao projeto. 
  
Juarez Torres –(Geografia) 

quinta-feira, 4 de abril de 2013


O outdoor que dá água

Engenheiros, designers e publicitários começam a trabalhar numa tecnologia relativamente simples para o problema da seca e da sede: a retirada de água da atmosfera

Larissa Veloso
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FONTE
Peruanos ganharam o primeiro outdoor que condensa
a água do ar e a distribui para a população
Em uma estrada poeirenta que liga Lima, capital do Peru, às praias no sudoeste da cidade, o cenário é desértico. Apesar do índice de umidade do ar perto dos 98%, raramente chove no local. Na lateral da rodovia aparece um totem publicitário que passaria despercebido, não fosse o fato de haver uma fila de pessoas com baldes e galões perto de sua base. São moradores da região, que esperam pacientemente a sua vez para poder abrir uma torneira na base do anúncio e recolher grandes quantidades de água. Não há nenhuma tubulação no solo abaixo do painel. Toda a água que abastece os baldes não vem de uma rede abaixo do solo, mas do ar ao redor da estrutura.
A solução para a sede local começou a nascer quando a Universidade de Tecnologia e Engenharia do Peru resolveu promover um curso e construiu o primeiro outdoor do mundo que produz água. “Trabalhamos com dois engenheiros que adaptaram máquinas para extrair a umidade do ar. Não foi muito fácil, porque tivemos de proteger todo o sistema do sol e manter a água fresca e pura”, explica Juan Ignacio Donalisio, diretor criativo da Mayo, a agência publicitária responsável pelo totem. Em três meses, o dispositivo gerou quase dez mil litros de água potável.
Mais que uma sacada de marketing, a ideia de extrair água da umidade do ar pode ser decisiva para grande parte da população mundial, que sofre com a escassez do recurso ou com sua contaminação. De acordo com a entidade não governamental Water.org, apenas na América Latina e no Caribe, 32 milhões de pessoas têm dificuldades para ter o que beber. No mundo todo, esse número chega a 780 milhões. “Resolver a crise da água e do saneamento básico é o investimento mais importante para acabar com a pobreza, melhorar a educação infantil e a saúde pública. A falta de acesso à água limpa é debilitante, principalmente para crianças e mulheres, que são aqueles que têm de caminhar quilômetros para encontrar um poço”, explica a gerente da Water.org, Rosemary Gudelj.
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Além do outdoor de Lima, já existem projetos e protótipos de outros tipos de ferramentas para extrair a água do ar. O processo é simples e conhecido por qualquer um que tenha participado de um laboratório de química no colégio. Envolve, na maioria dos casos, uma serpentina através da qual o ar passa em um ambiente resfriado, no qual se condensa. O problema é que o processo envolve gasto de energia, outro recurso que começa a ser alvo de preocupação dos especialistas.
Na Austrália, o inventor Edward Linnacre já trabalha para contornar essa questão. Ele criou o Airdrop, um irrigador que usa ao máximo os recursos naturais para garantir irrigação de lavouras durante dias secos. Usando a energia solar, o dispositivo suga o ar, que circula através de uma série de tubos enterrados dois metros abaixo do solo, onde a temperatura é de cerca de 6ºC. O contato com o frio faz com que o ar se condense e a água seja bombeada através de uma mangueira, até a raiz das plantas. Essa tecnologia e outras mostradas no quadro ao lado indicam que a criação de máquinas que transformam ar em água está a pleno vapor.